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Plataforma diz qual candidato está alinhado com sua opinião

Gratuidades em alguns serviços, vagas preferenciais e prioridade no atendimento são algumas das vantagens de se tornar um idoso no Brasil. Porém, em tempos de tamanho descontentamento com a política, uma vantagem tem ganhado destaque entre as pessoas com mais de 70 anos: a desobrigação de exercer o seu direito ao voto.

Uma pesquisa Ibope divulgada recentemente apontou que 6 em cada 10 entrevistados estão indecisos ou não querem votar. Para chegar a esses números, o Ibope ouviu 2 mil eleitores entre os dias 21 e 24 de junho.

“É um número mais alto de indefinição do que o visto em outras eleições nesse mesmo período”, afirmou a CEO do Ibope Inteligência e responsável pela sondagem, Márcia Cavallari, durante coletiva para apresentação dos dados. “Nas pesquisas, as pessoas estão expressando uma preocupação em ter um voto consciente, citam interesse em ver programas e propostas dos candidatos. E há uma incerteza sobre quem serão os candidatos”, completou.

De acordo com o IBGE, existem hoje no Brasil 4.938.529 pessoas acima dos 70 anos, isto é, que não são mais obrigados a votar, um número bastante expressivo e que pode influenciar no resultado de uma eleição. Para ajudar os indecisos na escolha de políticos para o pleito de outubro próximo, a startup de inteligência política Dado Capital em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e mais de trinta ONGs lançou a plataforma Voz Ativa. Com previsão de chegar ao mercado em 3 de setembro, a plataforma reunirá candidatos a cargos políticos e seus ideais para que os eleitores encontrem aqueles que mais se assemelhem às suas preferências pessoais.

Os candidatos que ingressarem na plataforma terão que responder a aproximadamente 46 perguntas sobre assuntos como direitos humanos, políticas ambientais, integridade e transparência e nova economia (entre os temas, o da reforma da previdência).

Da mesma forma, os eleitores que quiserem usar a plataforma terão de responder a algumas perguntas. E, assim como nos apps de relacionamento, podem acontecer “matchs” entre um eleitor e os políticos com propostas que melhor atendam aos seus anseios.

Pela grande quantidade de políticos que disputarão os cargos eletivos nesta eleição, num primeiro momento apenas os candidatos ao cargo de deputado federal serão contemplados pela plataforma. A categoria já soma mais de oito mil candidaturas. E de acordo com os idealizadores do projeto, a ideia é continuar monitorando os políticos com a plataforma durante os mandatos.

Assim que disponibilizado, o App poderá ser baixado na loja online do seu celular.

Câmara aprova licença para avós quando pai for desconhecido

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira, 5, um projeto de lei, do deputado Lucas Vergílio (SD-GO), que permite que avô ou a avó de recém-nascidos possam gozar de uma licença do trabalho quando o pai da criança não for conhecido, a fim de dividir os cuidados com a mãe.

A redação final da proposta aprovada, feita pela deputada Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), definiu que a nova licença substituirá a licença-paternidade e terá o mesmo período, de cinco dias contando a partir do dia seguinte do parto.

“O objetivo desse projeto de lei é assegurar que a parturiente, em um momento sensível de cuidado com a própria saúde e com a do bebê, tenha alguém para lhe acompanhar e auxiliar nos primeiros dias após o nascimento do filho”, escreveu a parlamentar, em seu relatório.

A proposta teve a adesão de governo e oposição. Em apoio à posição da deputada do DEM, Maria do Rosário (PT-RS) ressaltou que 10% das crianças que nascem no Brasil tem pai desconhecido. “Não temos uma paternidade responsável”, afirmou.

Doação de leite
Ao projeto foi incluído o texto de uma outra proposta, apresentada pela deputada Pollyana Gama (PPS-SP). Assim como doações de sangue, agora a contribuição de lactantes para bancos de leite, que atendem mães com problemas para amamentar, também deem direito a um dia de folga.

O projeto limitou a uma doação por mês. Na estimativa da deputada Dorinha Rezende, como a licença-maternidade no Brasil vai de quatro a seis meses, as lactantes que contribuírem podem ganhar até seis dias de folga, que poderão ser emendados ao final da licença regular.

Agora, a proposta será enviada para a análise do Senado.

Fonte: MSN