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Internet lenta? Saiba como reclamar

Você vê uma publicidade de um provedor que garante, digamos, 100 Mb. Assina o serviço, mas percebe que a velocidade de internet é muito inferior à prometida no anúncio. Nesses casos, é possível rescindir o contrato com a operadora sem multas ou encargos.

O Superior Tribunal de Justiça reconheceu a legalidade da rescisão, no fim de setembro, em uma ação movida pelo Ministério Público de Santa Catarina em 2009. O argumento era de que a empresa não havia divulgado de maneira adequada que a velocidade real de conexão era inferior à anunciada em suas peças publicitárias.

A ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, reforçou na decisão que o Código de Defesa do Consumidor estabelece como direito dos cidadãos o recebimento de informações adequadas, sobre condições, preço e características de um serviço antes de sua contratação.

“O consumidor pode se arrepender de contratar um serviço que tenha um percentual mínimo de garantia de velocidade que não lhe foi informado e que não lhe agrade. A proteção à sua boa-fé e à sua confiança reside, portanto, no reconhecimento do direito de rescindir o contrato sem encargos, por não desejar receber o serviço em que a velocidade mínima que lhe é garantida – e não informada na publicidade – é inferior às suas expectativas”, analisou.

Essa é considerada uma “publicidade enganosa por omissão”, informa a advogada da Proteste Livia Coelho. Nesses casos, diz ela, é possível aceitar outro produto equivalente ou fazer a rescisão do contrato sem multas e encargos.

Velocidade contratada

Na prática, há uma variação na velocidade mínima permitida e que é determinada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), segundo a assessora técnica do Procon-SP Fátima Lemos. Ela explica que essa variação deve estar sinalizada em contrato.

Os percentuais dessa variação valem desde 2014, quando a Anatel alterou a velocidade contratada que os provedores precisam garantir.

Em banda larga fixa e móvel:

– a velocidade instantânea deve ser de no mínimo 40% da contratada em pelo menos 95% dos testes realizados;

– a velocidade média deve ficar em pelo menos 80% do índice contratado no provedor do serviço.

Teste

Para saber a velocidade real, os consumidores devem acessar o site Brasil Banda Larga, da EAQ (Entidade Aferidora de Qualidade de Banda Larga) e da Anatel. Para smartphones, há ainda apps que podem fazer a verificação (disponível gratuitamente para os sistemas Android e iOS).

A advogada da Proteste recomenda registrar – pode ser por meio de captura de tela – os resultados. Também é importante que o consumidor guarde o material referente à oferta e o contrato.

Antes de acionar a Justiça, a orientação é tentar resolver o caso extrajudicialmente, entrando em contato com a empresa. Caso não tenha sucesso, é possível registrar reclamação no site da Anatel ou com os órgãos de defesa do consumidor.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: institutomongeralaegon.org

Dicionário ajuda a entender a linguagem dos mais jovens

A gerente comercial Marisa Ramos é taxativa em sua afirmação: “detesto falar ao telefone”. Comunicação com ela, somente por mensagem de texto. Ligação? “Não atendo”, garante Marisa, enquanto se diverte com a própria resposta.

Assim como Marisa, milhões de adolescentes se recusam a atender a ligações de telefone e se comunicam apenas por aplicativos de trocas de mensagens de texto, como Whatsapp e Messenger. Quando perguntados sobre o motivo, a resposta é simplesmente porque preferem. Ponto!

Até aí, tudo bem. Com certo esforço para enxergar o teclado do smartphone, a empresária Gracinda Teixeira, de 58 anos, consegue manter uma comunicação escrita com o filho Gabriel, de 12 anos, que também se recusa terminantemente a atender às ligações da mãe. Dificuldade maior é entender a linguagem que o filho usa na rede, cheia de siglas, abreviações e palavras com novas grafias.

“Cada dia é uma sigla nova, uma expressão diferente. Sempre tenho que perguntar o que ele quer dizer com aquilo, é difícil entender, e eles nem sempre têm paciência para explicar”, reclama Gracinda.

Em entrevista ao programa Identidade Geral, exibida no dia 5 de novembro de 2017, o linguista Emílio Pagotto explica que toda língua varia e muda no tempo. “A língua, no seu curso da história, e os bons gramáticos sabem disso, ela vai se transformando. Até aquilo que a gente entende como certo ou que a gramática entende como certo é também um produto da história. Se a gente tomar o padrão de língua do século XVIII ou XIX, hoje, provavelmente cometeríamos erros. Porque naquele tempo, aquilo que concebia como certo e como errado mudou”, afirma o professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

E para ajudar nossos leitores a entender a linguagem dos mais jovens, o portal de notícias do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon preparou um minidicionário com os termos e siglas mais usadas na rede. Confira abaixo!

ADD: adicionar.

AFF: expressa indignação.

BBK: babaca.

BFF: Best friends forever (melhor amigo de todos os tempos).

Brinks: usado quando a pessoa deseja alertar que não estava falando sério, mas sim, brincando.

D+: demais.

Fake: falso.

FLW: Falou ou “falow”, como andam escrevendo pelas redes sociais.

Hater: pessoas que fazem comentários de ódio e críticas sem muito critério.

Lacrar: arrasar, ser incrível.

LOL: “Laughing Out Loud” ou “rindo alto”.

MDDC: Meu Deus do céu.

MDS: Meu Deus.

OMG!: “Oh my God!” ou “Ai meu Deus!”, é usada para expressar surpresa ou espanto.

Ootd: Outfit of the day ou Look do dia.

PFV: por favor.

PLMDDS: pelo amor de Deus.

Poser: pessoa que quer parecer algo que não é.

RBF: “Resting Bitch Face”, “cara de uó” ou “cara de paisagem”.

S2: representa um coração, bastante usado quando alguém “amou” receber uma mensagem ou para demonstrar carinho. Também é representado pelo desenho “<3”.

Sambar: arrasar, fazer algo incrível.

SDD: saudade.

SDV: segue de volta.

Shippar: mostrar aprovação por algum casal, seja ele de amigos ou de namorados.

SQN: “só que não”, geralmente utilizada de forma sarcástica após uma afirmação falsa.

TBT: Throwback Thursday (ou “quinta-feira de volta ao passado”, em livre tradução). Costuma que vem sendo disseminado nas redes sociais de usar a quinta-feira para republicar fotos ou postagens do passado.

TMJ: “tamo junto” ou “estamos juntos”.

Trollar: aprontar algo com alguém.

Spoiler: revelar informações sobre o conteúdo de algum livro, filme ou série, sem que a pessoa tenha visto.

VDD: verdade.

Fonte: institutomongeralaegon.org